Yin Yoga
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Tópicos do artigo:
O que é o yin yoga?
Para responder a esta pergunta teria que primeiramente responder o que é o yoga.
“Yoga é uma palavra com muitos significados, tantos talvez como os caminhos para a realização espiritual.”
Historicamente, o yoga tem sido um guia, possibilitando a entrada em estados meditativos profundos, de forma a tranquilizar a nossa mente e ver para além do véu da ilusão.
Diferentes escolas foram formando diferentes práticas e interpretações do caminho a seguir, para alcançarmos este nosso “Eu superior”.
Nos anos 70, Paul Grilley, começou a frequentar as aulas de yoga de Paulie Zink intituladas de "Daoist Yoga", que se caracterizavam por uma mistura de artes marciais e posturas yin para trabalhar a flexibilidade. Inspirado por esta modalidade, Paul Grilley começou a dar aulas com posturas exclusivamente yin, e mais tarde integrou a Medicina Chinesa e anatomia funcional de Hiroshi Motoyam.
Nos anos 90, uma das suas estudantes, Sarah Powers, ajudou a integrar e conjugar os insights do Budhismo, Daoismo e Psicologia transpessoal, e propôs o nome de Yin Yoga.
Paul e Sarah consideram que deve haver lugar ao trabalho yang, sem nunca descurar o lado yin, quer para a prevenção de lesões e um bom envelhecimento, como para um equilíbrio na saúde energética e mental.
Componentes da prática
1. Tecido Yin (ponto de vista fisiológico)
Ao contrário de uma prática Yang, focado nos músculos, o tecido yin é o tecido mais profundo fascia, tendões, ligamentos.
Em práticas e modalidades ativas, com movimentos repetidos, rápidos e rítmicos há um maior trabalho muscular, no entanto, os tecidos yin como são mais plásticos precisam de ser exercitados de forma yin, em posturas estáticas, mantidas durante um período mais longo de tempo. Numa aula de yin yoga, usamos posturas maioritariamente sentadas, de forma a relaxar os músculos e trabalhar com estes tecidos mais profundos.
2. Mindfulness (atenção plena)
Para que os ditos tecidos yin sejam trabalhados em segurança, as asanas têm de ser mantidas por um maior período de tempo, quando comparado a uma prática "yang".
É por isso que o yin yoga também é uma ótima ferramenta para trabalhar o nosso mindfulness e atenção plena. Enquanto mantemos as posturas, temos a oportunidade de apenas observar e meditar nas sensações que vão surgindo (físicas, mentais, emocionais).
3. Chi (ponto de vista energético)
Chi, na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), pode ser descrito como a energia da força vital.
De acordo com os sistemas de MTC o Chi flui em canais a que chamamos de meridianos, pelo que é fundamental equilibrar o seu fluxo, pois só assim se alcança o equilíbrio entre o corpo e a mente. Ter um fluxo de Chi desequilibrado ou bloqueios energéticos, pode resultar em problemas de saúde e certas doenças.
Quando fazemos uma prática de yin yoga estamos a usar o nosso próprio corpo para colocar pressão em áreas que estimulam o fluxo de Chi, ao longo dos nossos meridianos, rebalanceando a nossa energia.
Princípios da prática
1. Encontra a tua aresta
Em cada postura encontra o primeiro ponto de resistência e desafia o teu corpo, sem nunca ultrapassares os teus limites.
2. Encontra quietude
Pára o movimento se sentires alguma dor aguda ou se deixares de sentir a resistência.
3. Tempo
É o ingrediente mágico que permite que os músculos relaxem, o stress atinja os tecidos mais profundos trabalhando os tecidos conectivos e os canais energéticos. Numa aula yin o tempo é mais importante que a intensidade.
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A minha experiência pessoal
Para mim o Yin Yoga trouxe a capacidade de encontrar tranquilidade quando não me estou a conseguir focar numa sequência de movimentos. O desafio está em redirecionar a minha mente para prestar atenção às sensações que estão presentes no meu corpo, focar-me na minha respiração.
Cultivar uma maior intimidade com o meu corpo, aprender a prestar atenção às sensações mais subtis, aprender a acalmar a mente e restabelecer as minhas qualidades mais yin, mais femininas, recetivas.
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