Sinto sempre necessidade de refletir sobre o amor próprio cada vez que a vida me tira do tapete dos pés e me obriga a sentir o chão. Sabe bem quando caminhamos em chão macio como a areia fina do deserto, mas quando caminhamos descalços sobre pedras pequenas, afiadas e pontiagudas é mais desafiante transformar a dor em prazer.
Sei que é quando quebro os meus limites para viver em função de satisfazer o outro e não a mim, que me esqueço do que é o amor próprio.
Hoje encontro-me. novamente, no resgate do amor próprio.
Egoísmo é sobre nós mesmos, de nós para nós, e apenas nós. Não existe ooutro, não há empatia e as opiniões, necessidades, interesses dos outros não são do nosso interesse.
Esquecemo-nos que somos seres racionais e que é na relação com o outro que estão as maiores oportunidades para evoluirmos como seres humanos espirituais.
O Amor Próprio é um sentimento de compaixão, estima, respeito e dignidade por nós mesmos. É olhar para dentro com ternura, compreensão e amarmos tudo o que vemos. Para mim amor próprio é coragem. É a coragem para alinharmos as nossas ações com os nossos valores, priorizando o nosso bem estar. É a coragem de dizer não, é coragem para aceitarmos os nossos pensamentos e emoções com a vulnerabilidade de mostrar ao mundo as nossas fraquezas e sombras. É coragem de permancer em silêncio sem a vozinha do julgamento e da crítica. É a coragem para abrandarmos numa sociedade que cada vez mais exige de nós.
Eu amo-me e cuido de mim, para depois poder amar e tratar o outro. Amor próprio não é egoísmo, amor próprio é o que me permite ter o controlo emocional para a aceitação total de quem sou, para poder aceitar e perdoar os outros a seguir.
Se vou passar o resto da minha vida, comigo mesma, o melhor é mesmo amar-me, apreciar-me, elogiar-me e aprender a estar comigo.
Alguns exemplos simples de manifesto de amor próprio:
Com amor e mais amor, empatia e ternura, por mim e por ti,
Anaji