Como te sentes? Tranquilo? Inquieto? Em paz? Seguro?
Onde sentes tensão? Ombros? Cabeça? Respiração?
Como expressas o que sentes? Como reages? Como falas contigo? Como te comportas com os outros?
Viver é o equilíbrio entre a harmonia e a desarmonia de cada experiência. Se num momento nos estamos a sentir bem, felizes, leves e seguros, porque é que no momento a seguir já estamos inquietos e ansiosos? De onde vem esta inconstância de sentimentos e pensamentos?
Este desequilíbrio de emoções e pensamentos resulta do simples facto de termos a nossa atenção muito mais focada no exterior. Descoramo-nos muitas vezes do interior, do que realmente se passa dentro de nós. Além de vivermos desconectados de quem somos, da nossa essência, dos nossos sentimentos e vontades, deixamos que o nosso interior viva em função dos estímulos do exterior. Vivemos em ansiedade, angústia, e diria até sofrimento.
Se no nosso interior estão os nossos sentimentos, emoções e pensamentos, o prazer ou a angústia, a alegria ou a tristeza, o sofrimento ou o êxtase, decorrem de quem somos, vem de nós, é criado, experienciado e sentido por nós!
Porque é que continuamos "adormecidos"? Porque é que procuramos as respostas no exterior? A felicidade e plenitude estão dentro de nós, não fora!
Quando estamos em sintonia com quem somos, com o nosso interior, interagimos muito mais facilmente com os que nos rodeiam, somos naturalmente agradáveis, felizes e leves. O corpo, a mente, a energia e o espirito estão em sintonia e harmonia.
Apesar da VIAGEM AO INTERIOR poder ser feita acompanhada, sugiro que a experiencies sozinho. Tu e quem tu és! Despido de medos, anseios, comparações. Sem influências de nada nem ninguém.
Estar sozinho não significa sentires-te sozinho, não é estares em solidão.
Que te dirias, se te encontrasses só contigo? Sem mais nada à volta, tu e tu, frente a frente? Tão tu que tudo aquilo que te separa do exterior, todas as barreiras e limites seriam absorvidos pelo espaço e tempo.
Para te encontrares tens de ser só tu. Tu sabes.
O silêncio é tão profundo, e por vezes tão desconfortável, que é preciso abraçar a coragem. No entanto eu sei que é na solidão que eu encontro a minha melhor amiga, a intuição. Na solidão, sou guiada, a intuição mostra-me o caminho. (Anaji)
No momento em que cometemos o erro de confundir o nosso eu interior com o exterior, passamos a viver em constante conflito com quem somos.
Vamos lembrar-nos que os nossos 5 sentidos permitem-nos interpretar o ambiente ao nosso redor, mas o essencial, o modo como realmente vemos o Mundo e percepcionamos cada experiência, está dentro de nós.
Por algum motivo não gostamos todos das mesmas coisas. Essas "coisas" podem ser exatamente as mesmas, mas a sensação interior é de cada um.
Com todo o amor,
Anaji